Certamente, grande parte das pessoas um dia já ouviram essas frases. Se tem algo que não suporto, chama-se autoritarismo. Quem está à minha volta sabe bem disso. Não admito presenciar, mesmo não sendo o sujeito passivo dessas ocorrências e situações.
Certa vez, ainda na graduação um professor teve a ousadia em dizer que “a corda arrebenta do lado mais fraco”, referindo a nós alunos que deveriam aceitar o modo que lecionava, e de que “deveríamos dançar conforme a música”.
Pois bem, não vi o momento em que disse: mas se a música for ruim professor? Foi silêncio total na sala de aula e cara de espanto por parte do professor. Mas no final acabou tudo bem.
Dia desses uma juíza não queria deixar eu conversar com meu cliente poucos minutos antes de iniciar a audiência. Disse que a partir daquele momento ele estava incomunicável. Logo disse: Excelência, mas não estou pedindo autorização, apenas comunicando que irei conversar. Vossa Excelência, proíbe a seus filhos se tiver, mas não meu cliente. Cumpra a lei! Respeite o art. 7º da Lei n.º 8.906/94. Respeite a Constituição!
Diante disso, as pessoas de uma vez por todas é preciso compreender e ter em mente, que vivemos em um Estado Democrático de Direito. Queira ou não. E essa Democracia está em todos os lugares, não apenas no Judiciário, Legislativo e Executivo. Mas também no trabalho, nas instituições de ensino, nas ruas e até mesmo em casa.
Outrossim, frases como: “quem manda sou eu”, “manda quem pode, obedece quem tem juízo” ou “deve dançar conforme a música” são falácias autoritárias que devem ser duramente combatidas. Pois a autoridade máxima num Estado Democrático de Direito, não é Juiz, Desembargador, Ministro ou Presidente, a autoridade máxima, chama-se Constituição Federal!